Os tratamentos devem ser proservados sempre. Independente das condições em que o dente se encontrava antes do tratamento. Aqui, particularmente, selecionei alguns casos de dentes com comprometimento periapical com o intuito de comprovar a resposta biológica frente à um tratamento bem planejado.
A diversidade de situações mostra que importa muito a forma de abordagem, de acordo com o bom plano de tratamento, utilizando recursos apropriados e bem conduzidos. Existem várias maneiras de se alcançar o sucesso, o importante é como estes procedimentos ou tratamentos são conduzidos. Exemplifico dizendo o seguinte:
1- “Geralmente realizo o preflaring prévio ao acesso do terço apical”. Pergunto: de que forma vc realiza o preflaring e até que nível? Pois a depender da forma que realiza, poderá não conseguir atingir o forame... se perdendo no percurso, através de um batente ou desvio.
2- “Realizo a minha endodontia sempre em duas sessões, pois prefiro colocar a medicação intra-canal para complementar a desinfecção do canal”. Posso questionar o seguinte: qual medicação e por quanto tempo. Para que, teoricamente, a medicação intra-canal surta efeito desejado, o canal deve estar completamente preparado, seco e com LT apropriado. Se preparou canal parcialmente, posso colocar em dúvida o efeito da medicação.
E tantos outros questionamentos. Portanto o importante é termos em mente, que: tão importante, ou mais, do que o que se usa é como se usa. Exemplo prático, é em relação às brocas Gates Glidden. O uso de Gates com numerações maiores como 4, 5 ou 6 em canais mesiais de molares inferiores, é contra-indicado pelos riscos de rasgos. Entretanto utilizo-as para início do preflaring em ordem decrescente: 5, 4, 3 e 2. Com uma considerável observação: utilizo-as no motor rotatório numa velocidade de 500rpm com torque 5N. A depender da forma que se utiliza não apresenta riscos. É como um bisturi nas mãos de um médico. A depender da habilidade, ele poderá resolver um problema ou criar um.