A  odontologia funciona como uma grande engrenagem, onde cada especialidade é uma peça de fundamental importância para o funcionamento como um todo. Portanto as especialidades devem ser complementares entre si,  não existindo uma independência, ao revés, tem que ser interdependentes.

 Assim deve funcionar a endodontia com a implantodontia. Onde termina uma, começa a outra. Estas duas especialidades devem caminhar juntas… entretanto, uma discordância equivocada está criando um ponto crítico que deve ser discutido; enfatizando, prioritariamente, o que é melhor para o paciente.

 Uma onda de recursos, nos últimos dez anos, fez com que as duas especialidades se tornassem bastante previsíveis. Não obstante, sempre irá existir insucessos por falhas nos procedimentos, ou em decorrência de fatores que interferem direta ou indiretamente no dente ou área  tratada. Existem alguns pontos de fundamental importância para um bom plano de tratamento, como:

1- Avaliação adequada da patologia existente. O tratamento anterior realizado foi adequado? Quais  recursos atuais poderão ser utilizados para tentar manter o dente!!

2- Tempo de realizado e qualidade do tratamento. O dente  foi retratado? Com que qualidade? Foram utilizados recursos suficientes?

3- O dente já foi operado?… de que forma? Utilizou-se recursos adequados?

Uma nova abordagem seria interessante? O que é melhor para o paciente?

4- Condições de higiene do paciente… este, está preparado para receber

um implante? Qual a qualidade do osso do paciente? Será feito enxerto?

Tem área doadora fácil? O paciente sabe o que será feito, e de que forma?

Particularmente, creio que uma avaliação adequada para cada situação é sempre favorável. Dar oportunidade a um novo tratamento, desde que este tenha um plano de tratamento bem estabelecido, é sempre favorável. O organismo irá necessitar de tempo, para reparação,  para qualquer tratamento. Seja endodontia ou implante.

O importante não é se o dente foi tratado e retratado endodonticamente…. o importante é, de que forma o tratamento endodôntico foi conduzido. Porque radiografia não decide, em muitos casos, se o tratamento foi bem realizado ou não. Insisto em afirmar que: o importante não é apenas o que o profissional utiliza para o tratamento… mas sim, como utiliza!

O profissional que avalia, tem uma responsabilidade muito grande em relação à informação que dará ao paciente. Sendo este, leigo, a primeira informação tem um impacto muito forte.

Na  grande maioria das vezes, os dentes que são indicados para extração e substituídos por implantes, podem ser salvos quando conduzido o tratamento de forma apropriada. O problema é que, os profissionais não estão dando o devido valor ao plano de tratamento. O imediatismo está sendo implantado em muitos segmentos, mas, na área de saúde é necessário um tratamento com mais parcimônia, maior cautela, para o favorecimento de uma boa resposta biológica. A pressa é inimiga da biologia.

Segue sequência de casos em que os dentes, inicialmente foram encaminhados para implantes. Querendo uma segunda opinião, orientei no sentido de tentarmos, de f0rma conscîente, uma abordagem apropriada, seguindo um protocolo criterioso. As respostas foram surpreendentes…