Dificuldades anatômicas, acesso dificultoso, campo obscuro e sem acesso ao olho clínico, são situações que induzem o profissional a cometer erros durante os procedimentos operatórios.
Dentre os acidentes os mais comuns são: fratura de instrumentos e perfurações. Esta última, sendo uma das complicações que mais impressionam os profissionais. Solucionar o problema clinicamente, tanto melhor para o paciente.
Geralmente o prognóstico de um tratamento de perfuração dependo de três fatores: tempo (quando ocorreu a perfuração – contaminação), localização da perfuração( terço cervical, médio ou apical) e extensão ( pequena, média ou grande ).
Atualmente dispomos de técninas mais aprimoradas, materiais de última geração, instrumentos com desenhos anatômicos mais apropriados e de recursos tecnológicos, que nos permitem realizar tratamentos em áreas antes inacessíveis. A realização de procedimentos com micro-instrumentos e microscópio operatório, faz com que o prognóstico da grande maioria dos acidentes seja bastante favorável.
O que utilizo geralmente nos tratamentos das perfurações, são: Microscópio operatório, ultrassom e sua variedade de pontas. A escolha dos micro-instrumentos, a técnica operatória e a inserção do material para vedamento, depende das características da perfuração e sua localização. Entretanto o protocolo deverá ser seguido rigorosamente para que a técnica seja precisa e o resultado previsível. Não podendo ter dúvidas em nenhum dos passos. Caso o preparo seja dificultoso, devemos invertir mais tempo e resursos, para que não haja dúvidas quanto ao selamento.
Os estudos mais recentes alegam que o mineral trioxide aggregate (MTA) é o o material de escolha, devido às suas características físico-químicas. Tem como vantagem a estimulação na formação de tecido duro, devido à presença do óxido de cálcio, que na presença de umidade se transforma em Ca(OH)2 endurecido, com manutenção a longo prazo de pH elevado, não permitindo crescimento bacteriano no local, como também indução de neoformação de tecido.
As indicações cirúrgicas ficam para aquelas situações em que não houve acesso para o tratamento clínico. O protocolo cirúrgico é: ASSEPSIA, ANESTESIA, LEVANTAMENTO DO RETALHO, OSTEOTOMIA E DETECÇÃO DA PERFURAÇÃO, REGULARIZAÇÃO DAS PAREDES EXTERNAS DO OSSO E RAIZ (removendo nichos bacterianos e debris), PREPARO DA CAVIDADE COM ULTRASSOM ( insertos diamantados – Trinity ou Osada 608, 609), APLICAÇÃO DO MTA E SUTURA.