A realização de um completo tratamento endodôntico depende de uma tríade operatória: abrir, tratar e selar. Entre o abrir e o selar existem várias nuances que tem, cada uma, importante papel para o sucesso da terapia. Todos os procedimentos visam duas situações, onde uma complementa a outra: a limpeza e modelagem do canal radicular e o selamento do espaço radicular. Promovendo desta forma o controle da infecção.
Uma eficiente obturação do canal é condição sine qua non para manter o status quo conseguido pela limpeza e modelagem do canal radicular. Esta eficiência é alcançada através de dois métodos de obturação: a técnica da condensação lateral à frio e a técnica termoplastificada. Esta últimas com várias formas de execução.
Ainda não existe evidência científica de que a obturação termoplastificada é superior à tradicional condensação lateral. Mas, existe a premissa de que a condensação lateral, em raízes fragilizadas, pode induzir fraturas pela pressão lateral dispensada pela técnica. Atualmente com a utilização do microscópio operatório, a identificação de dentes tratados endodonticamente com fraturas aponta um índice bastante significativo. O profissional, na maioria das vezes não enxerga, devido às limitações, mas diante da magnificação e iluminação que o microscópio operatório oferece, comprova-se este fato principalmente em casos de reintervenção endodôntica.
Outro ponto que favorece as técnicas termoplastificadas, com guta percha aquecida é o fato de preencher com mais eficiência áreas com pequenas deformidades na anatomia interna radicular pela compressão da guta aquecida.
Com a pressão a guta percha funciona como um êmbolo, pressionando o cimento contra as paredes dos canais, promovendo um preenchimento, portanto, podendo dar melhores condições de selamento.